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Sabia que o seu intestino alberga biliões de micro-organismos, coletivamente conhecidos como microbioma intestinal? Estes pequenos organismos desempenham um papel crucial na sua saúde geral.
Frida Fåk Hållenius é professora associada de Nutrição Molecular na Universidade de Lund (Suécia) e fez parte do Conselho Científico da Oriflame.
Em conjunto com a sua equipa, tem vindo a realizar estudos que revelam cada vez mais uma ligação entre o microbioma intestinal e a perda de peso, melhoria da forma física, imunidade, uma pele mais saudável e até um melhor estado de espírito.
Numa conversa recente com a Oriflame, revelou algumas ideias e conclusões das suas investigações.
O microbioma intestinal é composto por trilhões de bactérias e outros micro-organismos que residem no nosso intestino. Estas bactérias ajudam a digerir e fermentar os alimentos e estão envolvidas em várias funções críticas para a nossa saúde e bem-estar.
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Os prebióticos encontram-se em alimentos que consumimos, como inulina e frutooligossacarídeos (FOS). Pode encontrá-los em raízes de chicória, beterraba sacarina, alcachofra, alho, alho-francês, cebola e também em bananas. Considere também o uso de um suplemento de fibra prebiótica.
As bactérias intestinais interagem connosco de várias formas, incluindo através do nosso sistema imunitário. Segregam compostos benéficos que são absorvidos pelo intestino e circulados por todo o corpo, o que significa que as bactérias podem afetar não só a saúde digestiva, mas também outros órgãos, incluindo o cérebro e a pele.
Pesquisas recentes mostram que as bactérias no nosso microbioma intestinal podem afetar a saúde mental, emoções e sono. Portanto, devemos encarar o microbioma intestinal como algo vital para a nossa saúde holística.
Um microbioma intestinal equilibrado tem uma ampla diversidade de boas bactérias e micróbios, permitindo uma melhor absorção de nutrientes.
No entanto, um crescimento excessivo de bactérias prejudiciais pode desequilibrar o microbioma, levando a uma condição chamada disbiose intestinal.
Isto pode resultar em desconforto gastrointestinal, inchaço, dor e até “intestino permeável”, onde as paredes intestinais se enfraquecem, permitindo a entrada de toxinas na corrente sanguínea, causando inflamação sistémica.
Estudos atuais investigam como as bactérias intestinais afetam a progressão da doença de Alzheimer, mostrando que estas podem influenciar a progressão da doença, pelo menos em modelos animais. Pesquisas estão em curso para entender como isto funciona em humanos.
Um novo projeto está a estudar a saúde mental de crianças em relação a diferentes padrões alimentares e ao microbioma intestinal no início da vida.
O conceito de eixo intestino-pele (Gut-Skin Axis) é relativamente novo e sugere que, ao consumir uma dieta saudável, pode favorecer as bactérias intestinais com propriedades anti-inflamatórias, que podem afetar positivamente a saúde da pele.
Usando sistemas modelo do trato gastrointestinal humano, é possível testar como diferentes tipos de alimentos afetam o sistema imunitário do intestino e, em seguida, testar estes fatores imunitários em modelos de pele.
Comer uma variedade de frutas, legumes e cereais integrais é fundamental, pois estes alimentos contêm diferentes fibras e vitaminas que alimentam as bactérias benéficas no nosso intestino.
A atividade física regular também promove um perfil mais saudável do microbioma intestinal.
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